De-vida-mente
Na praia do momento
Da gaivota à solta
Do fundo ao monumento
Corre o vento
Vai para dentro.
Maré que se esvazia
E o barco que vai lento
Como eu queria, como eu queria
Escrevendo mais um verso atento
Tento fazer poesia
Com alegria, de vida
Devida.
Na areia estão cacos revoltos
Sacos e pedras vazias
Toucas e insectos lindos e tortos
E quente, o sol que até arrepia
De alegria, com vida
Convida.
Corre o vento
Soprando levemente
Está quente, está quente
Este tempo que não se arrepende
Que não se mede e nem se perde mas se sente
Cá dentro, de vida e mente
E corre com o vento.