23 julho 2004

Paredes da guitarra

À guitarra
Portuguesa com certeza
Daqueles acordes de princesa
Que nos acordam a alma com gentileza.
À guitarra
Portuguesa gritada
Tocada no coliseu ou na esplanada
Do fado à capela ou à desgarrada.
À guitarra
Portuguesa da alegria e do lamurio
Raiz da nossa vida e do augúrio
Correndo a calma sobre o rio fecundo.
À guitarra
Portuguesa da nossa cultura
De poema e gritaria que sussurra
Bem alto da altura.
À guitarra
Portuguesa acompanhando o mar
Toca em coração mais um grito de amor
Toca para se saborear e nos tocar.
À guitarra
Portuguesa agora sem o Paredes
dos Verdes Anos, das Danças Portuguesas, da Sede e Morte,
Guitarrista da garra maior sem sorte
que tocará sempre a sua guitarra e o inesquecível acorde.