14 julho 2004

Ainda longe

E ao longe, os primeiros sinais de vida
Como o barco que toca e o cão que grita
e o pássaro que se agita a cada minuto que passa
Na minha hora de madrugada já longa
em que o sol raia e o seu raio me pega
por frestas esclarecedoras iluminadas
sobre uma noite mal passada
como todas estas ultimas dormidas
em que nem tenho tempo para sonhar
e para atingir o cume do cimo do mar.

E ao longe, os primeiros sinais de vida
Com a estrada que começa a fervilhar
e a pedir por mais movimento
e gente e calor e vento e arredores
sinais, acordes, catástrofes e sofrimento
Aqui da minha janela fechada vendo tudo lá para fora
onde me meto, onde me jogo e liberto o medo
bem cedo onde toca a saudade
e o desejo ardente do cheiro a amor
gritando esta vontade mesmo com dor.

E ao longe, os primeiros sinais de vida
Ainda longe do que eu quero para mim
quando quero, se algum dia a vou querer igual a tantas outras.
Não. Sei que as outras não quero,
Só te quero a ti.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá Carlos. Obrigada pela visita ao meu blog, pelos teus olhos sobre minhas letras. Achei o teu canto assim, especial, cheiro de poesia, sentimentos, belo! De fato naufraguei, estou cuidando dos meus feridos, mas nao se preocupe ok? eles ficarão bem e voltarao a viver uma vida normal. Só peço a eles desculpa, pensei que obteria sucesso, que me perdoem eles, os outros... que eu me perdoe.
beijao! te cuida.
Thaline (www.thalinex.weblogger.terra.com.br)

5:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Existem certezas que não se têm para sempre, só a cada momento se podem ter... Bonito poema :)*** Ass: CaMiLiNhA {http://simplesmentepalavras.blogs.sapo.pt}

1:35 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

" onde toca a saudade
e o desejo ardente do cheiro a amor
gritando esta vontade mesmo com dor"
maravilhoso! Estes versos tocaram o fundo da minha alma...e me traduziram.
Beijo com carinho...
(Míriam - http://migram.blog.uol.com.br)

1:44 da manhã  

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