A minha cabeça pede por um socorro
Precisa de se entender e eu preciso de ver como a agarro
No silêncio que não se esgota na palavra que se grita
Num grito que se importa por se ouvir sem se ter
Neste coração que pára quando o peito saltita
Quando se quer tanto que nem se sabe o que é querer
Quando pensamos ser o mais feliz compositor artista
Que com a palavra fica acrescentando uma magia escrita...
Na escuridão do incerto estou,
Os meus pés são o instrumento com que varro
O meu corpo foge mas sou eu que corro
Vou para cedo não chegar só à tarde
Para que avance com a coragem sem medo
O medo que é vir a ter fuligem doente nesta saudade
Aquela que me toca o cabelo, que me vê ao espelho por um dedo
E que me ergue de novo à liberdade
Fazendo de um momento o mais derradeiro e bonito de verdade.