Do banco ao piano (apontamentos de um dia solto que te conto)
:
Hoje é daqueles dias onde de manhã o azul do céu brilha com vida
ocupando o espaço de ritmos e sons ligeiramente chilreados
que aqui se fazem ouvir enquanto lá longe ainda dormes [dormias].
:
Atravessando o rio escrevo versos e do outro lado cheiro as primeiras castanhas
enquanto vou pela baixa ouvindo musica clássica que me arrepia,
entrando nas minhas entranhas essa canção bonita que sai dos violinos...
:
Tenho tempo, e tenho prazer em perder metropolitanos à chegada,
registar pequenos nadas e viver cada caminho por onde andamos.
Fecho o caderno, vou para a aula...
:
Anfiteatro. Fui ao quadro, transcrever transgredindo como mandam as regras
e sentado de novo penso num destino louco que me soe a palavras,
a tempo, a história, e vento e pedras...
:
Derivando por entre essas ruas com parques e árvores em verde,
assento-me num banco de verdade com folhas caídas dos lados que coloram os dias. Escrevo mais uma linha no caderno que comigo caminha...
:
Paro em frente a um lago, descubro uma flor na água,
solto um riso contido e vou seguindo rubro
pondo-me a postos para ver o sol posto na palavra “contigo”...
:
Do piano repousado à beira Tejo erguido até ao fundo,
cai do alto o sol encarnado e vem de novo o fresco que de manhã se sentia
e que me mostrou um imenso desejo em ter aqui esse presente do futuro...
:
Grande prazer de dia, ouvindo Chopin em estado puro...
:
Senti perto teu respirar de flor,
deixei-me ficar em sintonia mesmo sem o toque do artista,
deixei-me ficar no silêncio vindo nesta sinfonia, pensando em futuros perfeitos, Amor.
...
Hoje é daqueles dias onde de manhã o azul do céu brilha com vida
ocupando o espaço de ritmos e sons ligeiramente chilreados
que aqui se fazem ouvir enquanto lá longe ainda dormes [dormias].
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Atravessando o rio escrevo versos e do outro lado cheiro as primeiras castanhas
enquanto vou pela baixa ouvindo musica clássica que me arrepia,
entrando nas minhas entranhas essa canção bonita que sai dos violinos...
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Tenho tempo, e tenho prazer em perder metropolitanos à chegada,
registar pequenos nadas e viver cada caminho por onde andamos.
Fecho o caderno, vou para a aula...
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Anfiteatro. Fui ao quadro, transcrever transgredindo como mandam as regras
e sentado de novo penso num destino louco que me soe a palavras,
a tempo, a história, e vento e pedras...
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Derivando por entre essas ruas com parques e árvores em verde,
assento-me num banco de verdade com folhas caídas dos lados que coloram os dias. Escrevo mais uma linha no caderno que comigo caminha...
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Paro em frente a um lago, descubro uma flor na água,
solto um riso contido e vou seguindo rubro
pondo-me a postos para ver o sol posto na palavra “contigo”...
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Do piano repousado à beira Tejo erguido até ao fundo,
cai do alto o sol encarnado e vem de novo o fresco que de manhã se sentia
e que me mostrou um imenso desejo em ter aqui esse presente do futuro...
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Grande prazer de dia, ouvindo Chopin em estado puro...
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Senti perto teu respirar de flor,
deixei-me ficar em sintonia mesmo sem o toque do artista,
deixei-me ficar no silêncio vindo nesta sinfonia, pensando em futuros perfeitos, Amor.
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