01 dezembro 2004

frio abrigo














Refugiaste em teus braços
num mundo que carece de abraços,
Tens fome mas já te falta a força
para sair dessa fossa de tempo sem espaço.
De cara suja me dizes palavras
que mal entendo por na língua terem farpas
que arranham um português que se abandona
da voz dessa outra dona que da rua vive e se tapa.
E no copo vazio se vê o podre do mundo que não presta
por ver este corpo ao abandono e nem haver uma mão que resta
e que segure e ampare estes filhos do frio ao vento
e tire da frente dos nossos olhos imagens como esta.