15 novembro 2004

Entro nesse sitio. Esse abismo onde dormem os sonhos perdidamente esquecidos. Abismo de tons negros fundidos com vermelhos rubros de letras e de dias e vontade de correr de peito aberto entregue a esse vento que arrepia por dentro a espinha.
Entro nesse sitio, abismo de textos criados de quadros pintados com títulos escritos naquela imagem em tom negro amado de forma rasgado. Entro nesse sitio, abro o livro, a história de onde sou e por onde fico num silêncio que grito em eco que mastigo.
Entro nesse sitio. Esse abismo onde dormem os sonhos perdidamente esquecidos. Abismo de melodias e aromas sentidos onde entro e digo com o dedo apontado para lá do meu segredo aquela palavra de fundo que pinta o mundo sem medo.
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