07 novembro 2004

Vou ao fundo de mim
em mil encantos e realidades,
Poderia ser esse pássaro longo sem fim
que repousa em poesia na borda da terra,
Poderia ser o vale profundo perdido na serra
uivando a frescura brava como um louco por ti.

Vou ao fundo de mim
em mil desejos e vontades,
Poderia ser esse objecto lavado em vento a sorrir
aquecendo da noite ao dia os corpos secos,
Poderia ser os passos que caminham tontos
por esses trilhos de árvores e troncos e segredos para existir.

Vou ao fundo de ti
em infinitos sorrisos que aquecem a pele deste labirinto,
Serei em silêncio esse sopro preciso
que te escolhe
e te acolhe no mundo por instinto.