Vem até cá que a vida se apressa a inundar,
Traz no regaço do vento os teus cabelos e aquele desejo
por nossos corpos despertos que passam a flutuar
nessas ondas em musica de mais um sorriso imenso desse Tejo.
Vem até cá para outra margem neste barco identificado,
Irei ter contigo com meu lábio esquerdo soltando beijos palpitados
e na sede do prazer deixar-me a ti atracado
na aventura que nos junta em gestos e instintos suados.
Vem até cá que a porta deste rio se escancara
e a janela é a entrada por onde vejo a beleza em tua cara,
Vem para nos embriagarmos de cor e de mel
e nos fazermos sob a penumbra leve de um pôr do sol.
Vem até cá que o Bairro tem a força de juventude
e na beira do rio tem barcos e velas em inquietude,
E explodindo, vem descobrir o que me une à vida
que eu irei a ti vivendo unido amando-te da noite ao dia.